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FINTECHS, COMO NUBANK, GUIABOLSO E BANCO ORIGINAL, INSPIRAM REVOLUÇÃO FINANCEIRA
11 de
Janeiro,
2017
Empresas de tecnologia impõem mudanças no antigo jeito de fazer negócios do setor financeiro
- Jéssica Sant’Ana
Foco em tecnologia e no consumidor é o diferencial das fintechs
As fintechs caíram no gosto do consumidor por serem empresas de tecnologia que atuam na área financeira. Diferente de bancos e corretoras, elas oferecem soluções tecnológicas eficientes, que facilitam a vida do cliente final. Isso sem deixar de lado a segurança, já que lidam com transações financeiras. Elas também ganham destaque porque atuam num mercado com demanda reprimida, tanto de consumidores insatisfeitos quanto de população não-bancarizada, e possuem custos baixos em relação às instituições financeiras tradicionais. E diferente de várias startups que existem no mercado, as fintechs são especializadas em um nicho de atuação e contam com uma equipe de fundadores e investidores com expertise na área. É o caso do GuiaBolso, idealizado em 2012 pelo ex-consultor de serviços financeiros da McKinsey Thiago Alvarez e pelo ex-diretor do Groupon Brasil Benjamin Gleason, e que tem entre os investidores a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial. “A experiência anterior me trouxe a visão de como as instituições financeiras pensam e qual é a sua cultura organizacional. Ao saber como elas pensam, fica mais fácil atacar as deficiências”, afirma Alvarez. A empresa, que já recebeu R$ 90 milhões em investimento, oferece um aplicativo para organização financeira pessoal.Grandes bancos correm atrás do “prejuízo”
As fintechs não ameaçam a concentração bancária brasileira e abocanham apenas uma parcela do número de clientes e transações realizadas pelas grandes instituições financeiras. Um exemplo é que, segundo o jornal Valor Econômico, um grupo de dez a 12 fintechs emprestou R$ 300 milhões em 2016 aos seus clientes. Já os bancos, só em novembro do ano passado, concederam quase R$ 6 bilhões em crédito pessoal. Mas isso não significa que os novos negócios não incomodem os grupos tradicionais. Os bancos começaram a correr atrás do prejuízo tecnológico e estão se aproximando de startups financeiras. O objetivo é atrair, principalmente, o consumidor da geração Y (nascidos nas décadas de 1980 e 1990). O Bradesco lançou o programa InovaBra, para apoiar o desenvolvimento de startups na área de big data, analytics e blockchain, e lançou o seu fundo de venture capital com capital de R$ 100 milhões. Já o Itaú lançou em São Paulo o Cubo, um espaço de coworking para startups. E o Santander comprou a ContaSuper, empresa que atua com sistemas de pagamentos e cartões pré-pagos. Mas as mudanças nem sempre visam o consumidor. Marcelo Bradaschia, sócio-fundador da consultoria Clay Innovation e do FintechLab, afirma que até então os bancos não têm tecnologias voltadas para os clientes, muito por causa do mercado concentrado, que diminui a competição. “Apesar de a gente ter visto mudanças tecnológicas em várias áreas, os bancos sempre foram voltados para melhorar a eficiência deles e não a experiência do usuário”, afirma o especialista em inovação. O que chega mais próximo do usuário é uma iniciativa que não vem de um banco tradicional. O Banco Original, controlado pela dona da JBS, atingiu em outubro de 2016 a marca de 100 mil correntistas. O número era esperado para março deste ano. Sem estrutura física, o banco permite abrir conta-corrente pelo celular.
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